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Como o Estresse influencia na saúde

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Mensagem por Admin Qua Mar 12, 2014 7:09 pm

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O estresse se refere a um padrão de resposta definido, claro e eletroquímico no corpo humano, aos agentes estressores. Estes quebram a homeostase interna do organismo, exigindo alguma adaptação Albrecht (1990 p.53).
O hipotálamo, contíguo com a hipófise, secreta substâncias conhecidas por neuro-hormônios, como é o caso, entre outros, da dopamina, da norepinefrina e do fator liberador da corticotrofina (CRF), sítio cerebral responsável pelo conjunto de respostas orgânicas aos agentes estressores. Uma das principais ações da hipófise durante o estresse se faz sentir nas glândulas supra-renais.
O hipotálamo, produzindo o CRF, estimula a hipófise para aumentar a produção do ACTH (Hormônio adrenocorticotrópico), o qual por sua vez, promove o aumento na liberação dos hormônios da supra-renal, que são os corticóides e as catecolaminas. Estes são de fundamental importância na resposta fisiológica ao estresse. O aumento na produção desses hormônios pelas supra-renais é o principal indicador biológico da resposta ao estresse.
Os níveis aumentados de corticóides influenciam o sistema imunológico inibindo as respostas inflamatórias, afetando essencialmente a função das células.
Temporariamente esta inibição da imunológica parece ser benéfica, tendo em vista diminuir a intensidade das reações inflamatórias aos agentes de estresse.
Além dos corticóides (cortisona) e catecolaminas (adrenalina) das supra-renais, outros hormônios participam da revolução orgânica do estresse. O ACTH, a vasopressina, a prolactina, o hormônio somatotrófico (GH), o hormônio estimulador da tireóide (TSH), que são hipofisários, também atuam sobre o sistema imunológico por meio de receptores específicos nas células linfóides. Para compreender melhor os mecanismos hormonais do estresse, é importante saber que esses hormônios são também produzidos, em pequenas quantidades, por linfócitos (Albrecht 1990,p.56).
Outras substâncias produzidas por linfócitos e que participam ativamente das reações de estresse são as linfocinas e monocinas.
Segundo Albrecht (1990) essas substâncias são secretadas por células linfóides e macrófagos, e são dotadas da capacidade de amplificar a inflamação produzida pelas reações imunológicas. Algumas dessas linfocinas e monocinas podem influenciar glândulas na liberação de alguns hormônios, como é o caso da Interleucina 1, que volta a estimular a hipófise na liberação de ACTH.
Diversos outros produtos inflamatórios, como prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanes, e outros, produzidos nas mais variadas células, linfóides ou não, desempenham alguma influência sobre o sistema imunológico. Eles atuam sobre os linfócitos T e macrófagos, estimulando-os ou inibindo-os na reação ao estresse ( Albrecht, 1990) .
Além desses hormônios e neuro-hormônios produzidos pelas supra-renais, linfócitos e hipotálamo, acredita-se, atualmente, no importante papel dos neuropeptídeos na regulação, transmissão e execução das ações do sistema nervoso.
Para Albrecht (1990) são classificadas como proteínas liberadas a partir de terminações nervosas em diversos órgãos, incluindo o hipotálamo, e também por células linfóides.
Alguns desses peptídeos, como a betaendorfina, a encefalinametionina, a substância P, o peptídeo intestinal vasoativo e a somatomedina, dependendo de determinadas condições, parecem inibir ou estimular células linfóides diversas, participantes do processo de resposta ao estresse.
A par das atribuições dos hormônios, neuro-hormônios e neuropeptídeos no desenvolvimento das reações de adaptação do estresse, ressalta-se a capital importância do Sistema Nervoso Autônomo (Simpático e Parassimpático) sobre o sistema imunológico. Um dos indicadores dessa atuação é a contração da cápsula do baço (Sistema Nervoso Simpático) durante o estresse.
Observou-se também um aumento de liberação do ACTH pela hipófise, como resultado da ação de hormônios tímicos (timosina, timopoietina, timopentina).
Em timos de ratos detectou-se a presença de CRF, fator este que age sobre a hipófise estimulando-a para a secreção de ACTH. Este ACTH, por sua vez, é essencial na resposta ao estresse por atuar sobre as glândulas supra-renais Albrecht (1990 p.69).
Esse longo processo bioquímico manifesta-se, inicialmente, de modo semelhante nos diferentes indivíduos, com o aparecimento de taquicardia, sudorese excessiva, tensão muscular, boca seca e a sensação de estar alerta. Só depois as reações se diferenciam, conforme a predisposição genética de cada um, e os acidentes ou doenças de que foi vítima (Lipp & colaboradores, 1998).
Tradicionalmente, os sintomas acarretados pela seqüência de alterações químicas são distribuídos em três fases: a fase de alerta, a fase de resistência e a fase de exaustão (Albrecht, 1990).
A fase de alerta ou alarme inicia-se com o contato da pessoa com o agente estressor, quando experimenta diversas sensações que às vezes não são identificadas como estresse.
É o momento em que o organismo se prepara para a “luta ou fuga”, ocorrendo, consequentemente, a quebra da homeostase.
Com essa finalidade, a ativação do Sistema Nervoso Simpático (SNS) produz reações muito úteis: os músculos ficam mais irrigados, reforçando o tônus e tornando a sua ação mais imediata e eficiente; o fígado transforma glicogênio em glicose, necessária em maior quantidade; a respiração fica mais rápida e intensa, aumentando a quantidade de oxigênio no sangue, para que músculos e cérebro possam queimar a glicose; o coração bate com mais força e mais depressa, enviando uma grande quantidade de sangue para as partes do corpo que dele precisam; a cabeça passa a receber uma maior quantidade de sangue e a atividade elétrica do cérebro aumenta à medida que ele vai otimizando seu processo de controle consciente dos atos do corpo; aguça-se a audição; as pupilas dilatam-se, tornando a visão mais sensível (Albrecht, 1990).
A principal ação do estresse é um desequilíbrio interno que ocorre em decorrência da ação exacerbada do Sistema Nervoso Simpático e da desaceleração do Sistema Nervoso Parassimpático (SNP) nos momentos de tensão.
Lipp (1996) afirma que esse período se caracteriza por grande atividade do sistema nervoso simpático, onde há uma hiperventilação, taquicardia e um aumento da pressão arterial.
Para Albrecht (1990) isto faz com que a pessoa entre no estado de prontidão ou alerta, a fim de que possa lidar com essa situação; é uma defesa necessária e automática do corpo.Nesse momento, o organismo passa a perder seu equilíbrio interno, na medida em que se prepara para enfrentar situações em relação às quais necessita se adaptar.
As sensações experimentadas são desagradáveis, porém são necessárias para que o organismo possa reagir, o que é de fundamental importância para a sobrevivência do indivíduo. Essa síndrome de reação é um processo completamente normal do corpo. Todas as pessoas já passaram por esta fase. É comum que elas a experimentem todos os dias, não se constituindo em motivo para preocupação, pois o organismo está preparado para lidar com tal emergência, desde que não ultrapasse as suas habilidades de adaptações (Albrecht,1990).


Agradeço a todos, até mais  Very Happy  Very Happy 
Créditos:psicologiananet.com.br
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