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O que o stress provoca

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Mensagem por Admin Qua Mar 12, 2014 6:46 pm

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Alguns sintomas físicos como dor muscularfraqueza nas pernas, cansaço constante, fadiga excessiva, assim como sintomas psicológicos como muita irritação, agressividade, depressão, neurastenia, insonia, etc, podem ser originados de um excesso de estresse provocado por alguma situação.
De acordo com Lipp (1996) o endocrinologista Hans Selye, em 1936, introduziu o termo “stress” para designar uma síndrome produzida por vários agentes nocivos, chamando-a de síndrome de adaptação.
No entanto, França e Rodrigues (1999) comparam stress com um conceito que vem da Física, ou seja, a deformidade provocada numa estrutura enquanto a mesma é submetida a um esforço. A deformidade provocada no material poderá ser de maior ou menor intensidade, dependendo da resistência ou vulnerabilidade do mesmo. Utilizando-se dessa analogia, os autores definem stress como sendo o conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço de adaptação.
Para Lipp (1996) essas reações podem afetar o organismo, física e/ou psicologicamente, quando a pessoa confronta-se com situações que a desorganiza. Tais situações podem ser percebidas pelo indivíduo como eventos que podem provocar medo, irritação, excitação, confusão ou muita felicidade.
Nesse momento, ocorre a quebra de homeostase, ou seja, o organismo é constituído de um equilíbrio interno para manter-se estável ou seja, sob homeostase. Quando o indivíduo sente estímulos que provocam excitação emocional ou desorganização, esse evento pode gerar a quebra de homeostase, que provoca mudanças para que o organismo adapte-se ou não a nova situação. O evento que causou a desorganização no organismo é chamado de estressor (Margis, Picon, Cosner et al., 2003).
De acordo com Holmes e Rahe (1967, citado por Lipp, 1996) os grandes eventos estressores exigem que o indivíduo utilize uma grande quantidade de energia adaptativa, afim de lidar com eles.
Margis, Picon, Cosner et al. (2003) acreditam, ainda, que a resposta ao estressor compreende aspectos cognitivos, comportamentais e fisiológicos, visando propiciar uma melhor percepção da situação e de suas demandas, assim como o processamento mais rápido da informação disponível, possibilitando uma busca de soluções, selecionando condutas adequadas e preparando o organismo para agir de maneira rápida e vigorosa. A sobreposição destes três níveis (fisiológico, cognitivo e comportamental) é eficaz até certo limite, o qual uma vez ultrapassado, poderá desencadear um efeito desorganizador.
Os estressores podem ser externos ou internos. Os estressores externos caracterizam-se por eventos externos ao indivíduo que lhe são impostos e que o afetam diretamente, como mudanças de chefia, mudanças políticas no país, qualquer situação que ocorra independentemente do corpo e da mente, ou seja, do mundo interno da pessoa. Já os estressores internos estão intrinsecamente relacionados ao corpo e mente da pessoa, ou seja, suas características pessoais ou de personalidade, ou até mesmo crenças irracionais (Lipp e Rocha, 1994).
Segundo Margis, Picon, Cosner et al. (2003) a resposta ao stress é o resultado da interação entre as características da pessoa e as demandas do meio, ou seja, as discrepâncias entre o meio externo e o interno e a percepção do indivíduo quanto a sua capacidade de resposta.
stress envolve uma reação do organismo diante de situações ou muito difíceis ou muito excitantes. Pode ocorrer em qualquer pessoa, independente de idade, raça, sexo e situação socioeconômica. Ostress manifesta-se por meio de um processo desenvolvido através do tempo, o qual depende da intensidade do estressor, da sua duração e do efeito cumulativo criado pela ocorrência de vários estressores em curto espaço de tempo (Lipp, 1996).
Para Selye (1956, citado por Lipp, 2003) o processo desencadeia-se de acordo com as fases descritas abaixo:

  • Fase de Alerta: A reação de alerta inicia-se quando a pessoa se defronta inicialmente com um estressor. É nesse momento que o organismo se prepara para “luta” ou “fuga”, com conseqüente quebra do equilíbrio interno, ou seja, quebra de homeostase;
  • Fase de Resistência: Quando o evento estressor é de longa duração, ou sua intensidade é demasiada para a resistência da pessoa, o organismo tenta restabelecer a homeostase. Se a reserva de energia adaptativa é suficiente, a pessoa recupera-se e sai do processo de stress;
  • Fase de Quase-Exaustão: O stress evolui para esta fase quando as defesas do organismo começam a ceder, não conseguindo resistir às tensões e restabelecer a homeostase. É próprio desta fase o indivíduo oscilar entre momentos de bem-estar e tranqüilidade e momentos de desconforto, cansaço e ansiedade;
  • Fase de Exaustão: Caso a resistência do indivíduo não seja suficiente para lidar com o evento estressor ou se vários estressores ocorrerem ao mesmo tempo, o processo de stress continuará desencadeando-se e evoluindo ocorrendo, assim a fase de exaustão.

Já para Margis, Picon, Cosner et al. (2003) a resposta ao stress depende, em grande medida, da forma como o indivíduo filtra e processa a informação e sua avaliação sobre as situações ou estímulos a serem considerados como relevantes, agradáveis, aterrorizantes, entre outros. Esta avaliação determina o modo de responder diante da situação estressora e a forma como o mesmo será afetado pelo stress. No nível cognitivo, pode-se então distinguir quatro componentes:

  1. Avaliação automática da situação ou estímulo, também conhecida como reação afetiva, determinando um padrão de respostas do tipo de defesa ou conferência e orientação;
  2. Avaliação da demanda da situação ou avaliação primária, em que o sujeito avalia a situação estressora, não levando em conta o real conteúdo existente na situação em si, mas sim o seu aprendizado, experiências anteriores e sua história pessoal;
  3. Avaliação das capacidades de lidar com a situação estressora ou avaliação secundária, quando o sujeito avalia a situação em relação as suas capacidades e recursos de enfrentamento para manejá-la;
  4. Organização da ação ou seleção da resposta, a partir das avaliações anteriormente descritas, em que o sujeito elabora suas respostas às demandas percebidas.



Agradeço a todos, até mais  Very Happy  Very Happy 
Créditos:psicologiananet.com.br
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