Desemprego e Depressão
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Desemprego e Depressão
Olá a todos, é um prazer editar mais um tópico
Santos (2000) aponta que o acúmulo de desânimo do cotidiano de um desempregado é um ritual, que vai introjetando um sentimento de perdedor que poderá se desdobrar em uma série de conseqüências negativas na construção de uma identidade de fracassado que irá repercutir em sua vida, mesmo após retornar à atividade laboral. Somente com um certo tempo de emprego, o sentimento de perdedor e a auto-estima retornam, se o desemprego não se repetir.
Quando o assunto é desemprego, podemos trazer a partir dele diversos aspectos que atinge o sujeito desempregado de diversas formas. E como não falar em desemprego sem comentar a exclusão social, já que o desemprego é talvez um dos maiores fatores de exclusão social que conhecemos. O desempregado (ou o subempregado) se torna limitado a muitas atividades que costumava fazer para seu lazer, conforto e até necessidades familiares e pessoais, pois não tem recursos financeiros para tal. Ressaltamos que o desemprego pode abalar as estruturas física, emocional e familiar do sujeito, pois como já dito anteriormente, o desemprego é visto como perda de identidade (Gomes, 2000).
Brissac e Lenzi (2004) comentam em sua publicação sobre uma pesquisa realizada por médicos norte-americanos Thomas Holmes e Richard Rahe (s/d), onde relatam que o despreparo diante do inevitável que faz a demissão ser a terceira maior dor da vida de uma pessoa, superada apenas pela perda de um filho, do cônjuge ou dos pais. Esta informação mostra como o peso, importância atribuída ao trabalho é grande. Será que deveríamos sofrer tanto por causa de uma demissão, especialmente hoje, quando ela é cada vez mais comum? É certo que o trabalho é a fonte de sustento, mas ao ser demitido, a preocupação com a sobrevivência é o que mais dói? Ao contrário disso, é o sentimento de rejeição o que, de longe, mais atormenta e essa “dor” machuca pessoas de todos os níveis e hierarquias. A sensação é de que o mundo está apontando para você e revelando todos os seus defeitos.
Neves et al (1998) apud Gomes (2000) relata que estudos realizados demonstram que o desemprego pode ser considerado um dos mais graves problemas sociais brasileiros e que o sujeito desempregado sente-se, por várias vezes, humilhado por não estar produzindo. Este problema é compartilhado com as pessoas que convivem mais proximamente com o desemprego, numa espécie de empatia com a dor do outro e, ao mesmo tempo, por temerem por seus próprios empregos.
O sentimento de indignação é outra constante na vida desses desempregados. Ela exprime uma contestação de uma situação vivida como injusta, em um sistema social que o recusa. Desempregados, esses indivíduos são considerados supérfluos. E, por essa razão, nocivos. Ora acuados socialmente, impotentes pela reinserção, cheios de medo e vergonha, a indignação e a violência são suas principais armas. Porém, essa indignação não se torna revolta coletiva, ela se manifesta no plano individual ou, no máximo, nas famílias, causando transtornos maiores aos indivíduos e não revelando o problema estrutural da crise (Santos, 2000).
Agradeço a todos, até mais
Créditos:psicologiananet.com.br
Santos (2000) aponta que o acúmulo de desânimo do cotidiano de um desempregado é um ritual, que vai introjetando um sentimento de perdedor que poderá se desdobrar em uma série de conseqüências negativas na construção de uma identidade de fracassado que irá repercutir em sua vida, mesmo após retornar à atividade laboral. Somente com um certo tempo de emprego, o sentimento de perdedor e a auto-estima retornam, se o desemprego não se repetir.
Quando o assunto é desemprego, podemos trazer a partir dele diversos aspectos que atinge o sujeito desempregado de diversas formas. E como não falar em desemprego sem comentar a exclusão social, já que o desemprego é talvez um dos maiores fatores de exclusão social que conhecemos. O desempregado (ou o subempregado) se torna limitado a muitas atividades que costumava fazer para seu lazer, conforto e até necessidades familiares e pessoais, pois não tem recursos financeiros para tal. Ressaltamos que o desemprego pode abalar as estruturas física, emocional e familiar do sujeito, pois como já dito anteriormente, o desemprego é visto como perda de identidade (Gomes, 2000).
Brissac e Lenzi (2004) comentam em sua publicação sobre uma pesquisa realizada por médicos norte-americanos Thomas Holmes e Richard Rahe (s/d), onde relatam que o despreparo diante do inevitável que faz a demissão ser a terceira maior dor da vida de uma pessoa, superada apenas pela perda de um filho, do cônjuge ou dos pais. Esta informação mostra como o peso, importância atribuída ao trabalho é grande. Será que deveríamos sofrer tanto por causa de uma demissão, especialmente hoje, quando ela é cada vez mais comum? É certo que o trabalho é a fonte de sustento, mas ao ser demitido, a preocupação com a sobrevivência é o que mais dói? Ao contrário disso, é o sentimento de rejeição o que, de longe, mais atormenta e essa “dor” machuca pessoas de todos os níveis e hierarquias. A sensação é de que o mundo está apontando para você e revelando todos os seus defeitos.
Neves et al (1998) apud Gomes (2000) relata que estudos realizados demonstram que o desemprego pode ser considerado um dos mais graves problemas sociais brasileiros e que o sujeito desempregado sente-se, por várias vezes, humilhado por não estar produzindo. Este problema é compartilhado com as pessoas que convivem mais proximamente com o desemprego, numa espécie de empatia com a dor do outro e, ao mesmo tempo, por temerem por seus próprios empregos.
O sentimento de indignação é outra constante na vida desses desempregados. Ela exprime uma contestação de uma situação vivida como injusta, em um sistema social que o recusa. Desempregados, esses indivíduos são considerados supérfluos. E, por essa razão, nocivos. Ora acuados socialmente, impotentes pela reinserção, cheios de medo e vergonha, a indignação e a violência são suas principais armas. Porém, essa indignação não se torna revolta coletiva, ela se manifesta no plano individual ou, no máximo, nas famílias, causando transtornos maiores aos indivíduos e não revelando o problema estrutural da crise (Santos, 2000).
Agradeço a todos, até mais
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