Entendendo o comportamento agressivo de crianças autistas
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Entendendo o comportamento agressivo de crianças autistas
Olá a todos, é um prazer editar mais um tópico
O comportamento agressivo e a dificuldade de relacionamento são situações que interferem na vida social e provoca afastamento, isolamento e rejeição. É importante saber que alguns comportamentos agressivos são fortemente influenciados pela família e pelo meio social intimo em que a criança está envolvida.
Quer seja uma criança com limitações por deficiências, quer seja por outro motivo, as crianças têm em seus pais modelos que imitam e que veneram. Desta forma, o presente artigo tenta mostrar a influências e o entendimento da agressividade infantil com crianças com e sem limitações.
Com base na teoria piagetiana, Rappaport (1981) afirma que o indivíduo herda uma série de estruturas biológicas que surgem anteriormente às estruturas mentais. Com isto chega-se a conclusão de que não herdamos a inteligência, mas herdamos um organismo que vai amadurecer em contato com o meio ambiente, principalmente a família. Como resultado dessa interação organismo-ambiente irão resultar determinadas estruturas cognitivas que funcionarão de modo semelhante durante toda a vida do sujeito. Segundo Weil (2001) a natureza das relações entre pais e filhos se transmite de geração a geração, existindo gerações de brutalidade, de autoritarismo, de superproteção, entre outros, e onde existem estes aspectos não é possível construir um ambiente onde há democracia, pois tais atitudes se repercutirão em outros ambientes fora do lar.
Muita coisa num lar deixou de ser suprida, pois este que seria o local para a construção da matriz da família, favorecendo o desenvolvimento psicológico, emocional e social de seus membros, deixou de ser um local que proporcionasse acolhimento, conforto, confiança e afeto (Ricotta, 2002).
Confirmando esta idéia da segregação do lar, Weil (2001) acrescenta que recentes pesquisas na área da psicanálise e na área da psicologia social colocaram em destaque o fato de a conduta dos filhos fora do ambiente familiar refletir o comportamento no lar dos pais em relação aos filhos; assim como foi constatado que a maioria dos problemas de comportamento das crianças são causados pela conduta e atitudes inadequadas dos pais.
O clima e ambiente familiar com características de desarmonia, desconfiança e desvalorização, acaba produzindo um efeito marcante na vida das pessoas, pois mesmo não aceitando produzir racionalmente tais características, acabam levando a vida pelo mesmo caminho; todos os registros internos de uma pessoa que viveu num relacionamento familiar agressivo, onde foi negligenciada e depreciada, formam uma ferida emocional que marca de tal forma o indivíduo que comprometerá a sua auto-estima, o cuidado e respeito para consigo (Ricotta, 2002). Embora os fatores individuais, familiares e ambientais sejam inegavelmente influentes no que diz respeito à conduta agressiva, a família, mais do que qualquer outra variável influi através do tipo de vínculo, do contexto interacional, da eventual psicopatologia ou desajuste dos pais e do modelo educacional doméstico (Ballone, 2001). Sendo assim, podemos pensar que realmente é incontestável a influência do ambiente familiar no desenvolvimento dos indivíduos, e que a família poderá delimitar um indivíduo sadio ou com predisposições patológicas.
Segundo Coelho e José (1993), o comportamento agressivo é fruto da aprendizagem, e a educação passada pelos pais irá determinar uma personalidade mais ou menos agressiva. A agressão é algo muito antigo e é desanimador pensar que apesar disto não dê sinais de enfraquecimento. No decorrer dos anos, não parece haver relatos históricos de declínio de violência ou agressão. Algo que chama menos atenção é o fato de quase todos os terapeutas verificarem que a maioria de seus pacientes tem dificuldade de controlar a sua agressividade (Staub, 1975).
Muitas respostas agressivas podem ocorrer no contexto de cólera, sendo assim uma das definições de comportamento agressivo é qualquer resposta que ocorre quando o indivíduo está encolerizado. Porém, com um estudo mais completo esta definição se mostra insatisfatória, pois a cólera pode ser acompanhada de diferentes comportamentos não – agressivos (Buss, 1975). Moyer (1975) afirma que é importante reconhecer que o conceito de agressão não é unânime, que existem diferentes tipos de comportamento agressivo, que cada um deles tem uma base fisiológica e ambiental diferente, e que cada tipo de agressão pode ser definido pela situação de estímulo que a provoca.
Grande parte do comportamento agressivo é resultado de práticas sociais que o reforçaram. A agressão é uma resposta que resultará em ganhos por parte do agressor, mas quando não ocorrem estes ganhos acontecerá a frustração que resultará em um aumento da agressividade (Coelho e José, 1993).
Como aponta Ricotta (2002), os comportamentos agressivos podem surgir decorrentes de alguns fatores, sendo eles:
Sendo assim, o comportamento agressivo pode surgir como resultado desta relação familiar deficitária, podendo ser observado nos indivíduos desde muito cedo na infância.
Agradeço a todos, até mais
Créditos:psicologiananet.com.br
O comportamento agressivo e a dificuldade de relacionamento são situações que interferem na vida social e provoca afastamento, isolamento e rejeição. É importante saber que alguns comportamentos agressivos são fortemente influenciados pela família e pelo meio social intimo em que a criança está envolvida.
Quer seja uma criança com limitações por deficiências, quer seja por outro motivo, as crianças têm em seus pais modelos que imitam e que veneram. Desta forma, o presente artigo tenta mostrar a influências e o entendimento da agressividade infantil com crianças com e sem limitações.
Com base na teoria piagetiana, Rappaport (1981) afirma que o indivíduo herda uma série de estruturas biológicas que surgem anteriormente às estruturas mentais. Com isto chega-se a conclusão de que não herdamos a inteligência, mas herdamos um organismo que vai amadurecer em contato com o meio ambiente, principalmente a família. Como resultado dessa interação organismo-ambiente irão resultar determinadas estruturas cognitivas que funcionarão de modo semelhante durante toda a vida do sujeito. Segundo Weil (2001) a natureza das relações entre pais e filhos se transmite de geração a geração, existindo gerações de brutalidade, de autoritarismo, de superproteção, entre outros, e onde existem estes aspectos não é possível construir um ambiente onde há democracia, pois tais atitudes se repercutirão em outros ambientes fora do lar.
Muita coisa num lar deixou de ser suprida, pois este que seria o local para a construção da matriz da família, favorecendo o desenvolvimento psicológico, emocional e social de seus membros, deixou de ser um local que proporcionasse acolhimento, conforto, confiança e afeto (Ricotta, 2002).
Confirmando esta idéia da segregação do lar, Weil (2001) acrescenta que recentes pesquisas na área da psicanálise e na área da psicologia social colocaram em destaque o fato de a conduta dos filhos fora do ambiente familiar refletir o comportamento no lar dos pais em relação aos filhos; assim como foi constatado que a maioria dos problemas de comportamento das crianças são causados pela conduta e atitudes inadequadas dos pais.
O clima e ambiente familiar com características de desarmonia, desconfiança e desvalorização, acaba produzindo um efeito marcante na vida das pessoas, pois mesmo não aceitando produzir racionalmente tais características, acabam levando a vida pelo mesmo caminho; todos os registros internos de uma pessoa que viveu num relacionamento familiar agressivo, onde foi negligenciada e depreciada, formam uma ferida emocional que marca de tal forma o indivíduo que comprometerá a sua auto-estima, o cuidado e respeito para consigo (Ricotta, 2002). Embora os fatores individuais, familiares e ambientais sejam inegavelmente influentes no que diz respeito à conduta agressiva, a família, mais do que qualquer outra variável influi através do tipo de vínculo, do contexto interacional, da eventual psicopatologia ou desajuste dos pais e do modelo educacional doméstico (Ballone, 2001). Sendo assim, podemos pensar que realmente é incontestável a influência do ambiente familiar no desenvolvimento dos indivíduos, e que a família poderá delimitar um indivíduo sadio ou com predisposições patológicas.
Segundo Coelho e José (1993), o comportamento agressivo é fruto da aprendizagem, e a educação passada pelos pais irá determinar uma personalidade mais ou menos agressiva. A agressão é algo muito antigo e é desanimador pensar que apesar disto não dê sinais de enfraquecimento. No decorrer dos anos, não parece haver relatos históricos de declínio de violência ou agressão. Algo que chama menos atenção é o fato de quase todos os terapeutas verificarem que a maioria de seus pacientes tem dificuldade de controlar a sua agressividade (Staub, 1975).
Muitas respostas agressivas podem ocorrer no contexto de cólera, sendo assim uma das definições de comportamento agressivo é qualquer resposta que ocorre quando o indivíduo está encolerizado. Porém, com um estudo mais completo esta definição se mostra insatisfatória, pois a cólera pode ser acompanhada de diferentes comportamentos não – agressivos (Buss, 1975). Moyer (1975) afirma que é importante reconhecer que o conceito de agressão não é unânime, que existem diferentes tipos de comportamento agressivo, que cada um deles tem uma base fisiológica e ambiental diferente, e que cada tipo de agressão pode ser definido pela situação de estímulo que a provoca.
Grande parte do comportamento agressivo é resultado de práticas sociais que o reforçaram. A agressão é uma resposta que resultará em ganhos por parte do agressor, mas quando não ocorrem estes ganhos acontecerá a frustração que resultará em um aumento da agressividade (Coelho e José, 1993).
Como aponta Ricotta (2002), os comportamentos agressivos podem surgir decorrentes de alguns fatores, sendo eles:
- controles financeiros excessivos, onde estes controles servem como forma de manipular o outro conforme seus próprios interesses;
- resultados de críticas constantes, onde quase sempre há uma desqualificação do outro colocando-o em desigualdade e inferioridade;
- excesso de lógica e racionalidade, como uma forma de garantir a distância na relação, evitando um contato mais próximo e rechaçando o universo das emoções, sensações, desejos e sentimentos;
- pouca afetividade, onde os pais representam baixa expressão dos afetos;
- jogos mentais, que aparecerão como torturas psicológicas, fazendo parte das chantagens emocionais e dos diversos tipos de controle;
- disputa pelo poder, onde, ao invés de ser um vínculo que tenha como base o desenvolvimento igualitário de todos, esta relação se baseará na diferença, mantida muitas vezes por interesses emocionais e afetivos distorcidos, deturpados e mal resolvidos;
- maus tratos, podendo ser por forma de abuso físico, sexual ou emocional;
- negligência, em que atos ou omissões causam danos psicológicos, cognitivos e físicos à criança;
- excessiva tolerância ao surgimento da agressividade, quando não se intervém de maneira correta às primeiras evidências do surgimento desta.
Sendo assim, o comportamento agressivo pode surgir como resultado desta relação familiar deficitária, podendo ser observado nos indivíduos desde muito cedo na infância.
Agradeço a todos, até mais
Créditos:psicologiananet.com.br
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