Escola da Psicologia
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Como medir a inteligencia

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Mensagem por Admin Sáb Mar 08, 2014 8:10 am

Olá a todos, é um prazer editar mais um tópico  Very Happy  Very Happy 


Alguns autores se empenharam em explicar e entender as diferenças da inteligência e como forma de compreender melhor o nascimento da inteligência. Eles passaram a estudar o desenvolvimento infantil surgindo então a abordagem psicogenética para compreensão da inteligência. Várias escolas são consideradas psicogenéticas, porém, levando em conta o assunto estudado, o enfoque será dado à escola de Piaget (Miranda, SD).
Jean Piaget elaborou uma teoria, que percebia uma inteligência processual, funcional, operativa e adaptativa, que valoriza a ação do sujeito diante de uma situação-problema, e não mediante apresentação de respostas corretas. Essa explicação, foi tão disseminada que se tornou a compreensão de inteligência de principal predomínio no mundo atual (Miranda, SD).
Piaget (1987), afirma que o desenvolvimento é constituído por um processo contínuo de equilíbrio, que vai passando por estados de menor equilíbrio para o de equilíbrio superior. Ao contrário do crescimento orgânico que quando atinge a sua forma final de equilíbrio, logo entra numa evolução regressiva, levando a velhice, o desenvolvimento intelectual, quando chega ao fim, continua em um progresso mental.
Para melhor compreensão de sua teoria, é importante conhecer e entender os principais conceitos utilizados, como adaptação, assimilação, acomodação, equilíbrio e esquemas. Piaget afirma que inteligência possui uma função organizadora, com a finalidade de encontrar um ajuste do indivíduo ao seu meio tanto exterior como interior. Quando ocorre uma busca por um ajustamento ou reajustamento do sujeito ao seu meio, neste momento estará ocorrendo um processo de equilibração, porém quando não, a pessoa encontra-se em um estado de equilíbrio (Piaget, 1987).
Para que haja um estado de equilíbrio é necessária uma “adaptação”, ou seja, uma adequação às novas situações que levaram ao desequilíbrio. Neste processo, estão envolvidos dois novos conceitos: “assimilação” e “acomodação”. Sendo que, quando o indivíduo incorpora objetos do mundo exterior à uma estrutura interna já formada ocorre uma assimilação, e quando há uma modificação das estruturas internas para a incorporação de objetos externos, ocorre uma acomodação (Piaget, 1958).
Ao longo de todas as suas obras Piaget postulou quatro períodos de desenvolvimento do ser humano. O primeiro deles é o período da inteligência sensório-motor que vai desde o nascimento até o segundo ano de vida. Ao nascer a criança possue apenas reflexos inatos como, choro, sucção, deglutinação, movimentos da língua, e movimentos corporais indiferenciados para responder aos estímulos. Pela repetição e exercício esses reflexos serão aperfeiçoados e se tornarão em esquemas sensoriais-motores. Algumas ações são feitas sem a intenção, porém os resultados agradam o bebê, ele repetirá esta ação até conseguir o mesmo resultado, assim todas as vezes que desejar aquele efeito reproduzirá a mesma ação, criando-se os hábitos. Porém, com seu desenvolvimento, por volta dos oito meses, a criança passa a ter a intencionalidade das suas ações, por exemplo, pegar a boneca que está a sua frente para abrir caminho até sua mãe. Até aqui a assimilação ocorre pela imitação de um modelo. É por volta do primeiro ano de vida que a criança passa a ensaiar novos meios para obter a resposta desejada. Em meio a tantas sensações o bebê se sente perdido, e é nesse período que ele começará a organizar e a discriminar essas sensações, bem como diferenciar seu corpo do mundo exterior, que no primeiro momento ele não consegue fazê-lo. Ao final do período ele terá atingido uma forma de equilíbrio e, terá desenvolvido recursos suficientes para resolver diversas situações (Piaget, 1975).
O segundo período é o pré-operacional compreendido entre as idades de dois a sete anos. Neste período a criança estará desenvolvendo a linguagem, e isto a ajudará a formar esquemas simbólicos. Os esquemas sensoriais-motores não são suficientes para resolverem todas as situações impostas pelo meio, por isso a criança buscará novos meios para a solução.  Neste momento a criança ainda é muito egocêntrica, e seu pensamento será caracterizado por uma mistura do real com a fantasia. Porém, ela desenvolverá uma capacidade de representações, por exemplo, fazer de um simples lápis um aviãozinho. Esse pensamento representativo, devido a sua capacidade simbólica, faz com que a criança perceba toda uma extensão de eventos, e não apenas um por um como no sensório-motor, por isso ela é capaz de lembrar do passado, representar o presente e antecipar o futuro utilizando-se das representações verbais. Em função do aparecimento da linguagem a criança dará início à socialização, desenvolvendo sentimentos interindividuais, como simpatia e antipatia, bem como uma afetividade interior. No estágio anterior, ela fazia movimentos utilizando-se da imitação dos adultos, nesta fase continua a imitação porém, da vida interior. A criança busca um “eu ideal”, tomando os adultos que a cercam como modelos. Outro aspecto importante desta fase é que a criança não sabe discutir, defender seu ponto de vista, apenas se limita a afirma-lo, porém, além de conversar com outras pessoas, ela fala consigo mesma verbalizando em voz alta suas atividades, fazendo assim, uma interiorização da palavra que é o pensamento propriamente dito (Piaget, 1978)
Considerando que o presente trabalho tem como objetivo estudar a criança que está no período operatório concreto pois encontra-se na idade escolar, nesse capítulo será dado ênfase a criança nesse estágio de desenvolvimento e sua relação com a escola.
O terceiro período proposto por Piaget é o período das operações concretas que vai dos sete aos doze anos de idade. Nesta fase a criança começa a freqüentar a escola formal, por isso será uma fase de muitos ganhos intelectuais. Nesta idade a criança torna-se capaz de cooperar com os colegas, pois não confunde o seu ponto de vista com o dos outros e consegue compreender o dos colegas, e também o egocentrismo estará diminuindo muito rápido. Ela passa a pensar antes de agir, dando início a um difícil processo chamado reflexão, que Piaget define como uma discussão interna, como se estivesse realmente falando com opositores reais. Começa a haver uma necessidade de comprovação empírica dos julgamentos. O fato de este período ter esse nome, não é por acaso, mas porque tudo deve ser concreto para a criança para que ela compreenda. Os números são símbolos compreendidos pela apresentação de objetos concretos, como varetas, palitinhos etc. O pensamento começa a ser interiorizado, sem a necessidade da fala como na fase anterior, por isso a criança vai conseguindo realizar operações mentais. É nesta idade que a criança desenvolverá um conceito utilizado por Piaget de conservação, quando ela consegue perceber que apesar de um copo ser mais largo que o outro e aparentar que o mais estreito possui mais água, o volume do líquido é o mesmo.


Agradeço a todos, até mais  Very Happy  Very Happy 
Créditos:psicologiananet.com.br
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