Escola da Psicologia
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Quais as principais abordagens da Psicologia

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Mensagem por Admin Sáb Mar 08, 2014 5:06 pm

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O termo psicoterapia é genérico e costuma ser utilizado para designar qualquer tratamento realizado com métodos e propósitos psicológicos (Zimerman, 1999).
A Psicoterapia também trabalha com Testes PsicológicosEm Psicologia, há três referenciais onde cada um deles nos levará a sua concepção teórica e a um procedimento técnico diante do indivíduo, paciente desse processo e objeto de um estudo e acompanhamento clínico:

  1. Behaviorista;
  2. Fenomenológico – Existencial;
  3. Psicanálise.

Embora as abordagens sejam diferentes, com olhares diversos sobre o objeto de estudo, cada uma delas tem a sua importância na instrumentalização do psicólogo em sua ação psicoterapêutica.
O modelo inicial da prática clínica em Psicologia surgiu do modelo médico. Esse buscava estabelecer diferenças entre desordens orgânicas, endógenas e desordens orgânicas exógenas, procurando estabelecer  relações entre elas e os distúrbios do comportamento, além de  fazer relações entre distúrbios orgânicos e os distúrbio psicológicos, com o intuito de estabelecer quadros classificatórios e dessa forma, observá-los (Trinca, 2001).
Apresentaremos uma breve descrição das três abordagens em questão, particularizando a Psicanálise que será a destacada nesta Monografia.
 
1. A ABORDAGEM BEHAVIORISTA
 
Para Reese (1966, apud Banaco, 1997) o conceito de análise aplicada ao comportamento, também conhecida como modificação do comportamento, teve origem a partir de trabalhos sobre condicionamento operante em animais, realizados em laboratórios por Skinner entre os anos de 1930 e 1960. Após esses estudos, os conceitos foram ampliados para os de comportamento humano em diversas áreas como a educação, desenvolvimento infantil, aconselhamento e a psicoterapia, entre outros.
A obra de Skinner pode ser comparada apenas com a de Freud sobre a Psicanálise. Seus trabalhos tiveram imensa repercussão em todo o mundo. Segundo Fadiman e Frager (2002) Skinner se baseou nos comportamentos observáveis das pessoas e dos animais.  Sua aversão e a desconfiança de explicações mentais, subjetivas, intervenientes ou fictícias levaram-no a propor formas distintas de observação, discussão e compreensão da personalidade.
De acordo com Banaco (1997) o behaviorismo é uma teoria rica e profunda, que procura chegar às raízes do comportamento humano. A abordagem comportamental, como é também denominada, tem tentado através do estudo de modelos experimentais, entender as variáveis de controle de vários problemas humanos. Dessa forma, seus estudos buscam descrever causas, efeitos de variáveis e possíveis formas de modificar esses problemas.
Sua metodologia prioriza o estudo do sujeito único, em suas relações comportamentais estabelecidas com o ambiente no qual está inserido. Mais importante do que a descrição das respostas que levam os indivíduos aos consultórios é o conhecimento da função que essas respostas apresentam nesse ambiente. O modelo é darwinista e baseia-se em seleção das respostas (ditas comportamentos) por conseqüências , portanto, Skinner não discute as manifestações comportamentais em termos de normal e patológicas (Banaco, 1997).
Skinner adotou uma posição como tese de que somente o comportamento pode ser totalmente descrito, isto é, mensurável, observável e perceptível através de instrumentos de medida (Fadiman e Frager, 2002).
Para essa abordagem, portanto, o comportamento é o objeto de estudo que tenta descrever dentro de quais  determinadas circunstâncias o indivíduo responde daquela forma e quais as conseqüências seguem-se a essa resposta de forma a mantê-la. Qualquer mudança nas circunstâncias, na resposta ou nas conseqüências, modificará toda a relação e, portanto, o comportamento (Banaco, 1997).
A grande ferramenta que os analistas do comportamento têm para descreverem e manipularem essas relações é a análise funcional. Através desse tipo de análise é possível encontrar as relações estabelecidas entre indivíduo e ambiente, assim como a experimentação de modificações nessas relações, que é descrita por Banaco (1997) como técnicas comportamentais.
No cenário clínico, há algumas técnicas que podem ser utilizadas como tratamento, como por exemplo, as de recompensa e punição (reforço positivo e negativo) e de dessensibilização (Fadiman e Frager, 2002).
Na teoria cognitiva, como também é denominada a abordagem behaviorista, mais particularmente a abordagem cognitiva-comportamental, o comportamento nunca é visto de forma isolada, pois ele sempre está inserido em um contexto onde haverá a sua significação (Banaco, 1997).
Será necessário que o terapeuta consiga identificar as contingências nas quais o indivíduo está inserido e com base nelas efetuar intervenções de forma a criar, propor ou estabelecer relações de contingências, auxiliando-o a elaborar melhor seu repertório e assim modificar os comportamentos que causam sentimentos conflituosos (Banaco, 1997).
Segundo Catania (1973 e 1993, apud Banaco, 1997) na análise de contingências é importante considerar as probabilidades condicionais que relacionam um evento a outro, ou seja, qual a probabilidade de um evento ocorrer na presença e na ausência de um e de outro.
Diz Skinner (1953, p 5, apud Banaco, 1997) que “uma formulação adequada da interação entre um organismo e seu ambiente deve sempre especificar três coisas: (1) a ocasião em que a resposta ocorre; (2) a própria resposta; e (3) as conseqüências reforçadoras. As inter-relações ente elas são as contingências de reforço”.
Finalizando, a observação é um pré-requisito necessário para a definição comportamental. Assim, todo comportamento que puder ser observado durante o atendimento, seja dentro do ambiente clínico, hospitalar, em presídios, na residência ou no dia-a-dia do paciente, poderá ser tratado com essa abordagem.
 
2. A ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA – EXISTENCIAL
Essa abordagem inclui uma ampla gama de técnicas e práticas em Psicologia, em função de sua constituição filosófica. Destacaremos apenas Perls nessa abordagem, tendo como base suas contribuições para a Psicologia enquanto ciência e, em particular, pelo desenvolvimento teórico e técnico da Gestalt-Terapia, uma terapia existencial pela sua natureza (Fadiman & Frager, 2002).
Frederick S. Perls é o criador da Gestalt-Terapia, assim chamada para delimitar o campo clínico da Psicologia da Gestalt. Ele contribuiu principalmente com os procedimentos da terapia em si, descrevendo-a como uma terapia existencial, utilizando-se de princípios em geral considerados existencialistas e fenomenológicos.
Embora essa técnica tenha incorporado aspectos de várias outras teorias como a Psicanálise, o Behaviorismo, o Psicodrama, a Psicoterapia de grupos e o Zen Budismo, acima disso a Gestalt-Terapia é uma abordagem humanista (Fadiman & Frager, 2002).
Segundo estudos feitos por esses autores, a teoria da Gestalt foi inicialmente formulada no final do século XIX na Alemanha e Áustria. Desenvolveu-se como um protesto contra a tentativa de compreender a experiência através de uma análise atomística – análise na qual os elementos de uma experiência são reduzidos aos componentes mais simples, sendo cada componente analisado separadamente dos outros e em que a experiência é entendida como uma soma desses componentes (Fadiman & Frager, 2002).
Os autores comentam que a Gestalt-Terapia é, sobretudo, uma síntese de abordagens que visa a compreensão da Psicologia e dos comportamentos humanos. Isto não lhe tira a originalidade ou utilidade. Em termos gestálticos, a originalidade e utilidade repousam na natureza do todo e não na derivação das partes.
Nesse sentido, o princípio mais importante da abordagem gestáltica é o de prôpor que uma análise das partes nunca pode proporcionar uma compreensão do todo uma vez que o todo é definido pela interação e interdependências das partes. As partes de uma gestalt não mantêm sua identidade quando estão separadas de sua função e lugar no todo.
Perls sugere que o terapeuta é basicamente uma tela de projeção na qual o paciente vê seu próprio potencial ausente. A tarefa da terapia é a recuperação desse potencial do paciente. O terapeuta é sobretudo um habilidoso frustrador. Embora dê satisfação ao paciente dando-lhe atenção e aceitação, o terapeuta frusta-o recusando-se lhe dar o apoio de que carece (Fadiman & Frager, 2002).
O terapeuta age de maneira a catalisar as atitudes e comportamentos de seu paciente a fim de evidenciá-las, tendo o intuito de ajudá-lo a perceber como ele mesmo se interrrompe constantemente e os papéis que esse desempenha, além  mostrar como o paciente evita sua própria conscientização em relação às suas fugas (Fadiman & Frager, 2002).
As projeções que estão envolvidas na relação do paciente com o terapeuta fornecem um aspecto bastante significativo da fuga que o paciente vivencia em relação ao impasse, salientam os autores.
De forma resumida, Fadiman & Frager (2002) dizem que dentre as contribuições importantes que a Gestalt trouxe para a Psicologia, podem ser citadas a forma como é entendida a maneira como as partes constituem e estão relacionadas com o todo e a de ter sugerido formas sobre como os organismos se ordenam para alcançar sua organização e seu ótimo equilíbrio (Fadiman & Frager, 2002).
Violet Oaklander é considerada a primeira enquanto psicoterapeuta de crianças nessa abordagem e desenvolveu os procedimentos técnicos para a psicoterapia de crianças tendo a Gestalt – terapia como base teórica.
A Autora utiliza desenhos e trabalhos de fantasias induzidas em crianças como instrumentos técnicos.
 

  1. 3. A ABORDAGEM PSICANALÍTICA

 
O termo Psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional.  Para compreendermos a Psicanálise se faz necessário percorrer as descobertas de Freud bem como seu trajeto pessoal, pois grande parte de sua produção foi baseada em experiências pessoais (Bock, Furtado, Teixeira, 1994).
De acordo com as autoras, Freud inicialmente entendia que todos os fatos mencionados no discurso dos pacientes tinham verdadeiramente acontecido. Posteriormente, descobriu que poderiam ter sido imaginados, mas com a mesma força e conseqüências de uma situação real. E assim postulou “que aquilo que para o indivíduo assume valor de realidade é a realidade psíquica” (p 72).
As autoras explicam ainda que o funcionamento psíquico é concebido a partir de três pontos de vista: o econômico (existe uma quantidade de energia que alimenta os processos psíquicos); o tópico (o aparelho psíquico é constituído de um número de sistemas que são diferenciados quanto a sua natureza e modo de funcionamento, o que permite considerá-lo como lugar psíquico); e o dinâmico (no interior do psiquismo há forças que entram em conflito e que se encontram permanentemente ativas e a origem dessas forças é a pulsão).
A pulsão se refere a um estado de tensão que busca através de um objeto, a supressão desse estado. Freud menciona a existência das seguintes pulsões: de vida (abrange as pulsões sexuais e as de autoconservação e está relacionada a Eros) e a de morte (pode ser autodestrutiva ou estar dirigida para fora e manifestar-se como pulsão agressiva ou destrutiva, relacionada a Tanatos).
Gonçalves, Magalhães e Reis (1984 p 47-48) citam que Freud publicou em 1923 uma nova concepção sobre a estrutura da personalidade e a denominando-a de 2ª tópica, também conhecida como concepção estrutural da personalidade. Complementou assim a 1ª tópica que anteriormente havia apresentado os conceitos de Inconsciente, Consciente e Pré-Consciente.
Explicam, ainda, os autores que na 2ª tópica, Freud dividiu a personalidade em três regiões que possuem relações mútuas ente si: o Id, o Ego e o Superego.
Podemos entender por Id, a representação da parte obscura e inacessível da personalidade, ou seja, seu conteúdo é de impulsos apenas em busca de descarga afetiva. “Ele é a expressão dos impulsos de vida e de morte que Freud verá presente e todo o organismo vivo” (Gonçalves, Magalhães e Reis, 1984 p 47-48).
“O Id é orientado exclusivamente pelo princípio do prazer e não conhece nenhum tipo de julgamento de valor, ignorando o bem, o mal e a moralidade” (Gonçalves, Magalhães e Reis, 1984 p 48).
O Ego, na concepção freudiana não está presente no início da vida, devendo ser desenvolvido durante a vida do indivíduo. Na ótica genética, uma parte do Id é adequadamente modificada pela proximidade e contato com o mundo externo, sendo esse o fator decisivo na formação do Ego (Gonçalves, Magalhães e Reis, 1984).
“O Ego tem a função de observar o mundo externo. Ele se interpõe entre os impulsos do Id e a ação do indivíduo, com o intuito de identificar as circunstâncias em que tais impulsos poderão ser realizados com um mínimo de conflito” (Gonçalves, Magalhães e Reis, 1984 p 48-49).
Para conseguir exercer sua função, “o Ego necessita de uma quantidade de energia que será por ele retirada do Id. Para que isso seja possível o Ego utiliza-se de uma artimanha na qual ele se identifica com o objeto de desejo libidinal do Id, desviando-se desta forma a libido do Id para si próprio” (Gonçalves, Magalhães e Reis, 1984 p 49).
Os autores explicam ainda que, baseados em leitura das obras de Freud, que a outra instância da 2ª tópica é o Superego. Ele é formado durante o término da fase do complexo de Édipo, quando é interiorizada a imagem idealizada dos pais.
O Superego se situa face ao Ego como modelo e obstáculo. Ele é o responsável pela origem da consciência moral, sentimentos de auto-estima e de culpa.
Freud escreve três funcionalidades do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais (Fadiman & Frager, 1986).
A meta na interação entre as três instâncias mencionadas (Id, Ego e Superego) consiste em estabelecer e manter, quando atingido, um nível aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer.
O Id é inteiramente inconsciente e o Ego e o Superego o são em partes. Assim o objetivo prático da Psicanálise “é, na verdade, fortalecer o Ego, fazê-lo mais independente do superego, ampliar seu campo de percepção e expandir sua organização, de maneira a poder assenhorar-se de novas partes do Id” (Freud, 1933, livro 28, p 102).
A Psicanálise estabelece que “a maneira pela qual o indivíduo se comporta diante de seus objetos de amor ou de objetos sexuais é o critério central na avaliação do desenvolvimento do caráter humano” e assim torna-se necessário compreender o processo de desenvolvimento psicossexual para então se compreender a formação do caráter (Gonçalves, Magalhães e Reis, 1984, p 26),
Ainda segundo esses autores, sabe-se nesse sentido que Freud assinalou que os objetos de amor de um indivíduo transformam-se de maneira sucessiva, assim como a relação que existe entre o objeto e o indivíduo também se modificam.
“Os mecanismos que operam essa transformação, determinando a formação de um caráter, são a sublimação e a formação reativa” (p 25).
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (1994, p 70-71), durante as investigações de Freud na prática clínica sobre as causas e funcionamentos das neuroses, ele descobriu que “grande maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, que se configuravam como origem dos sintomas atuais. Freud identificou que essas ocorrências deixavam marcas profundas na estruturação da personalidade dos indivíduos e, assim, postulada a existência de uma sexualidade infantil”.
Segundo Fadiman e Frager (1986), a medida em que um bebê se transforma em uma criança e esta em um adolescente e em um adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como esses desejos são satisfeitos.
Fadiman e Frager (1986) relatam após leitura das obras de Freud que as modificações nas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos básicos das fases de desenvolvimento.
As fases psicossexuais do desenvolvimento são vividas por todas as pessoas e são as que seguem: oral, anal, fálica e genital, sendo que entre as duas últimas fases há duas outras comuns a todas as pessoas, em particular, o Complexo de Édipo e o Período de latência (Gonçalves, Magalhães e Reis, 1984).
A percepção de um acontecimento do mundo externo ou do mundo interno pode ser algo muito desprazeroso para o indivíduo e o Ego atua nestes momentos de maneira a proteger toda a personalidade contra as ameaças, falsificando, deformando ou negando a natureza da realidade. Essas distorções são chamadas de mecanismos de defesa (Fadiman e Frager, 1986).
O principal problema da psique é encontrar maneiras de enfrentar a ansiedade, que por sua vez é um obstáculo ao crescimento. Fadiman e Frager (1986) citam que há duas formas de diminuir a ansiedade: uma é enfrentando o problema e a outra é fugindo dele. Os mecanismos possuem a função de diminuir a ansiedade do indivíduo, ajudando-o a fugir do problema.
Os principais mecanismos de defesa citados por Freud durante suas descobertas são “o recalque, a formação reativa, a regressão, a projeção, o isolamento e a racionalização” (Fadiman e Frager, 1986, p 19).
A função primordial da clínica psicanalítica – a análise – é buscar a origem do sintoma ou do comportamento manifesto, ou do que é verbalizado, com o objetivo de cura ou de autoconhecimento. Para tanto é preciso vencer as barreiras do indivíduo, que impedem o acesso ao inconsciente (Bock, Furtado e Teixeira, 1994).
“O tripé fundamental que caracteriza e identifica a Psicanálise, conforme postulou Freud e que a diferencia das demais formas de terapia não psicanalíticas, são os fenômenos de resistências, de transferência e a interpretação” (Zimerman, 1999 p 377).
De acordo com Zimerman (1999, p 291) “Freud deixou um importante material sobre a prática da Psicanálise, consistentemente estudado e publicado entre os anos de 1912 e 1915, no qual cita algumas regras fundamentais para o uso da prática psicanalítica por outros profissionais. Essas regras devem reger a técnica de qualquer processo psicanalítico: Associação livre de idéias (regra fundamental), a da abstinência, a da neutralidade e a da atenção flutuante”.
Zimerman (1999, p 291) acrescenta uma quinta regra que é “a do amor à verdade”. Outra regra que Zimerman (1999, p 298) cita é “o estabelecimento de um setting no qual servirá de base para o desenrolar do tratamento”.
Após Freud outros autores desenvolveram teorias baseadas nos seus postulados. Zimerman (1999) denomina essas teorias e práticas derivadas da Psicanálise criada por Freud de escolas de Psicanálise. Cada qual deu suas contribuições ao seu crescimento como teoria e prática clínica, sendo que podemos citar alguns exemplos mais expressivos como Melanie Klein, Bion, Anna Freud, Jacques Lacan e Winnicot.
O termo Psicanálise, porém alude unicamente ä modalidade de tratamento que se restringe às referências e fundamentos da ciência psicanalítica tal como ela foi legada por Freud. Dessa forma o terapeuta trabalha essencialmente com a noção dos princípios e leis que regem o inconsciente dinâmico e a prática clínica conserva uma obediência aos requisitos psicanalíticos básicos como a instituição e criação de um “setting” adequado, uma atenção prioritária na existência de um campo analítico com as respectivas resistências, transferências e contra-transferências, além de uma continuada atividade interpretativa (Zimerman, 1999).
O processo pelo qual ocorre a cura na abordagem psicanalítica está associado à expansão do campo de consciência. Nesse sentido, o papel da interpretação “insight” é fundamental na produção da mudança psíquica, tanto a enunciada pelo analista como aquela que o paciente entende, elabora e que promove as modificações terapêuticas necessárias.
Indo além do paradigma celebrado por Freud de tornar consciente aquilo que for inconsciente, a Psicanálise se amplia com a noção de que mais importante é a maneira como o consciente e o inconsciente do paciente comunicam-se entre si (Zimerman, 1999).
Para fechamento deste subcapítulo, iremos apresentar a definição de transferência e contra-transferência.
Freud propôs que a transferência seria a revivência dos conflitos psíquicos e as relações com as figuras dos pais no analista. Seria ainda novas edições dos impulsos e fantasias que são criados e que se tornam conscientes durante o andamento da análise, sendo característica constituinte a substituição de uma figura anterior pela figura do analista (Zimerman, 1999).
A contra-transferência consiste nos sentimentos que surgem no inconsciente do terapeuta, como influência nele dos sentimentos inconscientes do paciente. Freud destacou o quanto era imprescindível que o analista reconhecesse essa contra-transferência em si próprio, bem como a necessidade de superá-la (Zimerman, 1999, p 348).
A Psicanálise não se resumiu a uma condição de tratamento, mas como uma ciência, que influenciou toda a área médica e as aquelas ligadas à promoção da saúde.


Agradeço a todos, até mais  Very Happy  Very Happy 
Créditos:psicologiananet.com.br
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