Sofrimento Psicológico do paciente com câncer
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Sofrimento Psicológico do paciente com câncer
Olá a todos, é um prazer editar mais um tópico
O diagnóstico de uma doença grave é sempre um fator que quebra o equilíbrio homeostático e provocadesequilíbrio psicológico do individuo. O Câncer por suas características e pelo estígma imbuído na nossa sociedade, é uma das doenças que mais provoca um sofrimento psicológico concomitante com o sofrimento físico e orgânico originado pela doença.
Este acontecimento provocará um desequilíbrio nas várias representações do mundo imaginário do indivíduo. O diagnóstico de câncer, mesmo em estágios iniciais, é ameaçador. Em maior ou menor intensidade, porém, neste estágio, os pacientes querem falar sobre a doença, sobre o diagnóstico e qual será o tipo de tratamento (Petrilli, Pascalicchio, Dias & Petrilli 2000). Quando o câncer já se encontra em um estágio mais avançado, o paciente tende a se isolar, desenvolvendo pensamentos ligados a morte e teme por ela; sua auto- estima desaparece no meio de tanta dor, a confiança que é depositada no médico, se transforma em desesperança e o silêncio toma conta do ambiente que o paciente se encontra (Wanderley, 1996).
Essas realidades têm implicações na vida social e emocional dos pacientes. O medo de ser estigmatizado e rejeitado, ao tornar-se público um diagnóstico, aumentando sua preocupação com a possível propagação da doença, as alterações do estado psicológico da perda de cabelo pela quimioterapia, a incerteza sobre o futuro, a alteração na sexualidade, no relacionamento social, os filhos, os aspectos financeiros e enfim, toda vivência dentro do ambiente hospitalar fazem parte de uma grande variedade de indagações do paciente com câncer (Chacon, Kobata & Liberman, 1995; Sánchez, 1996).
Uma pesquisa sobre o sofrimento psicológico de pacientes com câncer avançado, realizado através de uma entrevista semi-estruturada, com pacientes de ambos os sexos, constatou que os sujeitos sentem dificuldades em lidar com a falta de identidade e com a impessoalidade com que são tratados, dificuldades em solicitar ajuda, desejo intenso de morrer, sentem medo da dor, da mutilação, futuro da família e dependência. Os dados obtidos mostraram que é tarefa dos profissionais de saúde diminuir o sofrimento físico, psíquico, social e espiritual, favorecer autonomia e facilitar uma comunicação eficaz entre o paciente, família e equipe (Kovács, 1998).
Há uma concordância entre três aspectos que podem estar diretamente relacionados ao desenvolvimento da doença psicológica do paciente, além da biológica já existente no sujeito tais como; a própria tendência biológica que poderá promover a distorção de pensamentos ligados diretamente a desesperança e a morte, os próprios pensamentos do sujeito que poderão se tornar disfuncionais associando-se a doença e o comportamento do indivíduo (Löhr & Amorim, 1997).
Um estudo sobre o enfrentamento na qualidade de vida de pacientes com câncer, realizado através de entrevistas semi-estruturadas, constatou que a perda da individualidade, dos direitos e vontades do paciente são os fatores mais importantes que afetam o impacto ao receber o diagnóstico de câncer. Entretanto, os dados obtidos apontam que há fatores facilitadores que amenizam o sofrimento do impacto diagnóstico, como; o apoio familiar, os amigos e principalmente o apoio médico (Gimenes, Spink, Coponero, Donato, Sério, Follador, Ferrari, Silveira, Saleh & Malzyner, 1994).
Já outros dados obtidos sobre se o paciente deve saber o diagnóstico, através de entrevistas estruturadas com médicos e pacientes oncológicos, indicam que ambos revelam sentir um medo intenso quando falam ou pensam a respeito da morte. Verificou-se que alguns médicos sentem muitas dificuldades ao revelar um diagnóstico grave aos seus pacientes e alguns dos próprios pacientes ao saber do seu diagnóstico não aceitam a enfermidade (Chacon, Kobata & Liberman, 1995).
Agradeço a todos, até mais
Créditos:psicologiananet.com.br
O diagnóstico de uma doença grave é sempre um fator que quebra o equilíbrio homeostático e provocadesequilíbrio psicológico do individuo. O Câncer por suas características e pelo estígma imbuído na nossa sociedade, é uma das doenças que mais provoca um sofrimento psicológico concomitante com o sofrimento físico e orgânico originado pela doença.
Este acontecimento provocará um desequilíbrio nas várias representações do mundo imaginário do indivíduo. O diagnóstico de câncer, mesmo em estágios iniciais, é ameaçador. Em maior ou menor intensidade, porém, neste estágio, os pacientes querem falar sobre a doença, sobre o diagnóstico e qual será o tipo de tratamento (Petrilli, Pascalicchio, Dias & Petrilli 2000). Quando o câncer já se encontra em um estágio mais avançado, o paciente tende a se isolar, desenvolvendo pensamentos ligados a morte e teme por ela; sua auto- estima desaparece no meio de tanta dor, a confiança que é depositada no médico, se transforma em desesperança e o silêncio toma conta do ambiente que o paciente se encontra (Wanderley, 1996).
Essas realidades têm implicações na vida social e emocional dos pacientes. O medo de ser estigmatizado e rejeitado, ao tornar-se público um diagnóstico, aumentando sua preocupação com a possível propagação da doença, as alterações do estado psicológico da perda de cabelo pela quimioterapia, a incerteza sobre o futuro, a alteração na sexualidade, no relacionamento social, os filhos, os aspectos financeiros e enfim, toda vivência dentro do ambiente hospitalar fazem parte de uma grande variedade de indagações do paciente com câncer (Chacon, Kobata & Liberman, 1995; Sánchez, 1996).
Uma pesquisa sobre o sofrimento psicológico de pacientes com câncer avançado, realizado através de uma entrevista semi-estruturada, com pacientes de ambos os sexos, constatou que os sujeitos sentem dificuldades em lidar com a falta de identidade e com a impessoalidade com que são tratados, dificuldades em solicitar ajuda, desejo intenso de morrer, sentem medo da dor, da mutilação, futuro da família e dependência. Os dados obtidos mostraram que é tarefa dos profissionais de saúde diminuir o sofrimento físico, psíquico, social e espiritual, favorecer autonomia e facilitar uma comunicação eficaz entre o paciente, família e equipe (Kovács, 1998).
Há uma concordância entre três aspectos que podem estar diretamente relacionados ao desenvolvimento da doença psicológica do paciente, além da biológica já existente no sujeito tais como; a própria tendência biológica que poderá promover a distorção de pensamentos ligados diretamente a desesperança e a morte, os próprios pensamentos do sujeito que poderão se tornar disfuncionais associando-se a doença e o comportamento do indivíduo (Löhr & Amorim, 1997).
Um estudo sobre o enfrentamento na qualidade de vida de pacientes com câncer, realizado através de entrevistas semi-estruturadas, constatou que a perda da individualidade, dos direitos e vontades do paciente são os fatores mais importantes que afetam o impacto ao receber o diagnóstico de câncer. Entretanto, os dados obtidos apontam que há fatores facilitadores que amenizam o sofrimento do impacto diagnóstico, como; o apoio familiar, os amigos e principalmente o apoio médico (Gimenes, Spink, Coponero, Donato, Sério, Follador, Ferrari, Silveira, Saleh & Malzyner, 1994).
Já outros dados obtidos sobre se o paciente deve saber o diagnóstico, através de entrevistas estruturadas com médicos e pacientes oncológicos, indicam que ambos revelam sentir um medo intenso quando falam ou pensam a respeito da morte. Verificou-se que alguns médicos sentem muitas dificuldades ao revelar um diagnóstico grave aos seus pacientes e alguns dos próprios pacientes ao saber do seu diagnóstico não aceitam a enfermidade (Chacon, Kobata & Liberman, 1995).
Agradeço a todos, até mais
Créditos:psicologiananet.com.br
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