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Como avaliar se a Terapia está fazendo efeito

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Mensagem por Admin Ter Fev 25, 2014 6:10 pm

Olá a todos, é um prazer editar mais um tópico  Very Happy  Very Happy 


  Seis questões são apontadas por Barrios(1988) que devem ser analisadas na avaliação do tratamento junto ao paciente em terapia comportamental
1) O tratamento está sendo desenvolvido de forma correta ?
2) Que mudanças ocorreram ?
3) Há efeitos colaterais das estratégias propostas?
4) Os benefícios do tratamento estão satisfatórios?
5) O tratamento deveria ser finalizado ou alterado?
6) Podem as mudanças observadas ser atribuídas ao tratamento?
Todas estas seis perguntas têm ligação entre si mas as duas primeiras questões estão mais intensamente interligadas e são muito importantes no direcionamento da intervenção pois se não houver alterações comportamentais , algo terá que ser alterado na intervenção. Se o tratamento estiver sendo seguido de forma correta o direcionamento será totalmente diverso do que o que deverá ser dado se as respostas a ambas questões forem negativas ou se apenas a primeira delas tiver resposta afirmativa, se não ocorreram mudanças a despeito do tratamento estar sendo desenvolvido de forma correta, este deverá ser repensado. Em outras palavras se a resposta para a primeira e segunda perguntas é : sim, então o tratamento levado a efeito de forma correta, não está trazendo os benefícios esperados. Assim, dever-se-ia verificar em que ponto da análise funcional realizada houve falhas ou se estas residiram no estabelecimento das relações entre as estratégias propostas e os determinantes do comportamento, estas duas possibilidades não seriam levadas em consideração no caso do tratamento não estar sendo feito corretamente sem mudanças decorrentes pois a ação deveria ser a de encontrar as razões pelas quais o tratamento proposto não está sendo seguido, as duas primeiras questões têm vínculo tanto com a terceira como com a quarta e quinta questões, vejamos porque. Toda intervenção clínica só é satisfatória na medida em que soluciona os problemas que levaram à intervenção. Assim, para respondermos as duas penúltimas questões ( se o tratamento está sendo satisfatório e pode ser finalizado ou se deve alterado), é preciso que as mudanças obtidas estejam em acordo com as expectativas de mudanças para as quais as estratégias de intervenção foram planejadas. E, mais, que tais alterações não tenham trazido outras tantas mudanças inesperadas e consideradas efeitos colaterais. Por exemplo: uma criança opositora poderá ter seu comportamento de oposição alterado pelo processo de extinção e passar a mostrar outros comportamentos desajustados como por exemplo: passar a fazer xixi na cama. O comportamento novo que poderia ser visto como “uma substituição de sintomas”, pode, também ser considerado como o resultado de uma análise funcional incompleta ou mal elaborada. O psicólogo percebeu que a oposição vinha sendo reforçada pelos responsáveis mas não percebeu que estes vinham, de uma maneira geral dando pouca atenção à criança. Assim, uma vez que a criança deixou de receber atenção pela oposição para garantir um nível de atenção de seus responsáveis passa a exibir um novo comportamento desajustado. O tratamento só pode ser considerado finalizado na medida em que atinge os objetivos iniciais definidos na avaliação mas não acarreta outros problemas para a criança.
     São estes pontos que têm obrigado os terapeutas comportamentais infantis a aceitarem a premissa de que a criança que apresenta um transtorno de comportamento está tentando ainda que de forma tosca resolver um problema. Nessa medida, na busca dos determinantes do comportamento dela, procuram abranger não só a análise funcional microscópica mas também a macroscópica. É também para garantir que os efeitos da intervenção alcancem o maior número possível de ambientes e pessoas, bem como tenham repercussão não só imediata mas também a longo prazo é que estas duas análises vêm sendo desenvolvidas. A preocupação com a generalização está presente na questão sobre os efeitos colaterais da mesma forma que o está na questão sobre a duração dos efeitos da intervenção.


Agradeço a todos, até mais  Very Happy  Very Happy 
Créditos: psicologiananet.com.br
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