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Depressão Pós-Parto

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Mensagem por Admin Sáb Mar 08, 2014 5:40 pm

Olá a todos, é um prazer editar mais um tópico  Very Happy  Very Happy 


Após o parto a parturiente vivência um estado de confusão, de sensação de esvaziamento e se utiliza dos diferentes mecanismos de defesa para resolver os problemas.
Os dias subsequentes ao parto são momentos críticos para a parturiente por diversas expectativas, uma delas é o filho fantasiado. A parturiente construiu uma imagem do bebê durante nove meses e agora está frente ao bebê real, cujo é simplesmente um bebê que chora ou dorme ao seu lado e se liga escassamente a ela; é de se esperar que a mesma se sinta confusa e deprimida.
Usualmente o quadro de depressão puerperal inicia-se nas três primeiras semanas após o parto.
A mulher torna-se quieta, afastada, triste, rejeita o filho, em geral declara que não pode vê-lo, sofre insônia, descuida-se de si mesma, não se arruma. Descreve muitas vezes alucinações, geralmente auditivas, ou exprime idéias delirantes; pode apresentar sentimentos de autodepreciação e autocensura.
O quadro é considerado intenso quando a puérpera comunica intenções de suicídio e agressão ao bebê. Quando a puérpera comunica suas intenções nesse sentindo trata-se de um pedido de ajuda.
Outra forma da depressão puerperal é a maníaca. A puérpera mostra-se feliz, vivaz, não se ocupa do bebê, procura afastar-se do bebê o máximo possível, deixando-o para outras pessoas cuidarem.
Outra dissociação ocorre quando a mulher concentra-se totalmente nos cuidados do bebê, deixando de lado todos os outros aspectos de sua personalidade: é o caso da mulher que atende somente ao bebê, muito pouco com a casa, se afasta do marido, evita relações sexuais, e não se interessa pelas suas atividades anteriores.
Qualquer um dos casos, a longo prazo, leva a um inevitável acúmulo de adversidades, conflitos e decepções, que podem evoluir para um quadro depressivo grave. Surgem dai fortes idéias de suicídio, determinando uma necessidade de atendimento psiquiátrico.

A depressão puerperal tende a ser mais intensa quando as expectativas em relação ao bebê, a si própria como mãe e a sua nova rotina são muito diferente do real. Emergem sentimentos de desaponto, desânimo e a sensação de ser incapaz de enfrentar a nova situação.
O desânimo e a incapacidade de assumir a função materna, como assinala Maldonado (1985), possuem aspectos regressivos de identificação com o próprio bebê. Caracteriza-se como uma solicitação da parturiente de atenção e cuidados, que causa na família grande preocupação.
A nova responsabilidade de cuidar do bebê causam apreensão e depressão, em graus variados. Nas primeiras semanas, mãe e filho não se conhecem muito bem, e ainda não foi estabelecido entre eles um padrão de comunicação, a mãe ainda não consegue interpretar as necessidades do bebê. Só com o tempo conseguirá distinguir através do choro: fome, cólicas, desconforto, sede, etc.
Antes desse entendimento a mãe pode interpretar o choro de forma projetiva: assim, o choro pode evocar sentimentos de pena e consequentemente estimular a necessidade de cuidar do bebê, de raiva de si mesma por se sentir incapaz de entender as necessidades do filho, sentir raiva do bebê pois o mesmo esta sugando-a e esgotando-a, privando-lhe de coisas importantes, e permanece sempre insatisfeito, interpretando o choro como censura e acusação, o que gera sentimentos de culpa e inadequação.


Agradeço a todos, até mais  Very Happy  Very Happy 
Créditos:psicologiananet.com.br
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