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Distúrbios Psicológicos e o estresse

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Mensagem por Admin Qua Mar 12, 2014 6:56 pm

Olá a todos, é um prazer editar mais um tópico  Very Happy  Very Happy 


Com o desenvolvimento do processo do estresse, manifestam-se diferenças de acordo com as predisposições genéticas do indivíduo, devido ao enfraquecimento no decorrer da vida seja por acidentes ou doenças (Lipp & Malagris, 2001).
O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo. No entanto, a reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas (Oshima, Silva, Antunes, Semedo & Thomas, 2002).
O estresse tem trazido avanços no esclarecimento de doenças psicossomáticas, nas quais frustrações, problemas afetivos, insucessos, acarretam distúrbios orgânicos. Se estamos preocupados, tensos ou ansiosos, o nosso corpo tem a tendência de adoecer mais facilmente (Costa,1997).
Vários conceitos foram estabelecidos no decorrer dos estudos sobre o estresse, tornando-se fundamental o conhecimento dos mesmos para que o profissional que atue na área possa fazê-lo de modo consistente e produtivo.  Dentre os conceitos mais importantes no campo, estão incluídos aqueles que dizem respeito às definições de estresse, estressor, sintomas e fases do estresse, como já apontados (Lipp & Malagris, 2001).
Uma vez que a reação do estresse é eliciada, não importa para o seu desenvolvimento o tipo de estressor que a iniciou. Naturalmente, se o evento estressante é interpretado como benéfico, a ação do estresse terá um fim mais rápido, pois não será mantida por cognições geradoras e mantenedoras de tensão. Selye (1956, apud Lipp & Malagris, 2001) propôs que o estresse desenvolve-se em três fases: alerta, resistência e exaustão.
Na fase de alerta, o organismo prepara-se para reação de luta ou fuga onde os sintomas presentes englobam o preparo do corpo e da mente para preservação da vida. Se o estresse continua presente, dá-se início à fase de resistência, quando o organismo tenta uma adaptação, devido a tendência a procurar a homeostase interna dando lugar a uma sensação de desgaste e cansaço. Se o estressor é contínuo e a pessoa não possui estratégias para lidar com o estresse, o organismo esgota sua reserva de energia adaptativa e a fase de exaustão manifesta-se quando aparecem doenças sérias (Lipp & Malagris, 2001).
Estudos sobre as reações de animais a vários outros estressores, como choque elétrico e trauma cirúrgico descobriu-se que a resposta adaptativa do corpo ao estresse é tão geral que a denominou síndrome geral de adaptação, composta por três fases. Na fase inicial, o indivíduo sofre um trauma físico ou emocional e vivencia uma reação de alarme devido à ativação do sistema nervoso simpático. Seu rítmo cardíaco se acelera rapidamente, colocando a pessoa como que pronta para lutar com o desafio durante. Já na segunda fase, há a resistência, onde a temperatura, a pressão arterial e a respiração continuam altas. Se este estado no seu conjunto continuar, o estresse pode ao final esgotar as reservas do corpo. Entrando na terceira fase denominada exaustão, a pessoa fica mais vulnerável a doenças (Selye,1936/1976 apud Myers, 2002).
Chama-se de estressor qualquer estímulo capaz de provocar o aparecimento de um conjunto de respostas orgânicas, mentais, psicológicas ou comportamentais relacionadas com mudanças fisiológicas, que acabam resultando em hiperfunção da glândula supra-renal e do sistema nervoso autônomo simpático. Essas respostas, em princípio, têm como objetivo adaptar o indivíduo à nova situação, gerada pelo estímulo estressor e o conjunto delas, assumindo um tempo considerável, é chamado de estresse. O estado de estresse está, então, relacionado a uma resposta de adaptação (Cabral et al., 1997).
Qualquer situação geradora de um estado emocional que proporcione  uma quebra da homeostase interna e exija alguma adaptação, pode ser considerada um fator estressor. Existem eventos e situações que são estressantes, como o frio, a fome e a dor. Esses estressores chamados de biogênicos, atuam no desenvolvimento do estresse automaticamente. Outros são chamados de estressores psicossociais, que adquirem sua capacidade de estressar uma pessoa devido a sua história de vida, onde qualquer estímulo atua como um estressor (Everly, 1989 apud Lipp & Malagris, 2001).
Pesquisas têm focalizado nossas respostas a três tipos de estressores: catástrofes, mudanças significativas de vida e dificuldades cotidianas. Catástrofes são eventos imprevisíveis, como guerra e desastres naturais que são avaliados como ameaçadores. Mudanças de vida significativas como deixar o lar, a morte de um ente amado, a perda do emprego e divórcio são, por exemplo, as transições e as incertezas da vida geralmente sentidas durante o início da idade adulta. As dificuldades cotidianas correspondem a uma  nota boa na prova, uma carta gratificante ou a vitória do time (Myers, 2002).
Uma outra maneira de se classificar eventos estressores é, em termos, de externos e internos. Estressores externos são constituídos por eventos desencadeados por acidentes, brigas, dificuldade financeira, enfim, por eventos que ocorrem no mundo externo da pessoa, inclusive doenças. Tudo aquilo que faz parte do mundo interno, das cognições do indivíduo, seus valores, suas crenças, suas características pessoais, sua ansiedade, seu padrão de comportamento são chamados de estressores internos (Lipp & Malagris, 2001).


Agradeço a todos, até mais  Very Happy  Very Happy 
Créditos:psicologiananet.com.br
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